A Terra é o lugar onde moramos, mas será que o habitamos verdadeiramente? Na circulação febril das mercadorias, das informações e dos capitais, no entrelaçamento das redes intercontinentais, a Terra aparece-nos como a sua imagem num espelho e corremos o risco de nos apercebermos apenas da sua superfície, esquecendo os que lá vivem e trabalham, o seu esplendor e a sua desolação. Uma obra que nos convida para uma viagem que é mais uma expatriação. Mas Jean Claude Lavigne, em vez de nos afastar do mundo, ou de se limitar a um simples «zapping», ao longo de dez capítulos, conduz-nos aos lugares onde se decidem o presente e o futuro da Terra. Digressão íntima às fronteiras do diálogo entre Deus e os homens, que é um acto de confiança na criação.
Divulgação de uma mensagem espiritual - e prática - que, no tempo em que se constata o alarmante desgaste da Terra, interessa profundamente a qualquer ser humano que se preocupe minimamente com o futuro do planeta que habita.
A Bíblia é a fonte onde o autor se inspira e que orienta a viagem, desde a contemplação dos variados cambiantes da cor do céu, em diferentes latitudes, até à chegada a um qualquer aeroporto africano.
O leitor vai aprender a olhar o firmamento, a escutar os pobres, a meditar sobre a imensidade e o ínfimo, a cidade, o pavor e a guerra... num contínuo vaivém entre a inesgotável riqueza da Bíblia e as pulsações do planeta. Gera-se, assim, um espaço, um olhar interior, uma espiritualidade da criação que reúne os combates e as belezas do mundo, para habitar a Terra na profundidade e no infinito dos encontros em que Deus se mostra.