Desde o Perceval ou o Romance do Graal (séc. XII), de Chrétien de Troyes, até ao Parzival (séc. XIII), de Wolfram von Eschenbach, são as Mulheres-Faery que guiam constantemente o Cavaleiro até ao Castelo do Graal, onde uma Mulher Epifânica exibe num ritual o Graal, verdadeira imagem icónica do Eterno Feminino, portador da Fertilidade e da Sapiencialidade que reverdece alquimicamente a Terra.
Este livro interroga o papel destas mulheres sobrenaturais como um vestígio gnóstico e erótico do arquétipo de Sophia que, em visões, guia através de hierogamias o Processo Iniciático do Cavaleiro, símbolo do Iniciado. Ela é, neste sentido, a verdadeira Portadora da Luz, o Lúcifer Hermético que traz a Gnose. Trata-se, porém, de uma Gnose Pagã e Pré-Cristã.
O Graal germânico realça um novo modelo iconográfico e mitográfico deste Mito em relação a todos os outros textos, demasiado cristianizados. Não só pelo facto do Graal ser a Pedra Preciosa caída da fronte - isto é, da Consciência Supra-Individual - de Lúcifer - mais tarde esculpida na Taça recipiendária do Sangue de Cristo, unindo assim as duas Correntes Espirituais, a Mística e Guerreira -, mas também pelo facto de ser conquistado não pela Graça de Deus e da Igreja, mas pela Força de Vontade do Iniciado Antinómico.
O tema esmeraldino do Graal, o carácter psicopompo da Mulher-Faery e o papel dinâmico da Vontade imperativa do Guerreiro-Cavaleiro são eixos iniciáticos fundamentais neste século XXI em que vivemos, tão marcado por um Novo Paradigma Iniciático centrado nos valores femininos e sofiânicos, como na Vontade dinâmica e supra-individual, ambos fermentos fecundadores dos Processos Iniciáticos. O Graal é, por isso, um tema de novo actual.
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SKU: 9789896771577
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