Os média, os políticos, as instituições internacionais, o homem da rua, toda a gente fala do ambiente, e cada um dá a sua opinião a esse respeito. Todos os dias somos bombardeados com informações, por vezes incorrectas, sobre poluição, carências, excessos, medidas de protecção e efeitos da poluição sobre a saúde. Porém, se o médico conhece bem as consequências de tal ou tal poluição sobre uma população, quando sozinho, face ao seu paciente, pensará necessariamente que a origem do mal pode estar ligada ao meio ambiente? E saberá intervir convenientemente?
Esta obra destina-se, primeiramente, aos estudantes de medicina, médicos do futuro, que cada vez mais deverão saber enfrentar questões referentes ao quadro de vida. Um livro que deverá despertar, também, o interesse de todos os profissionais de saúde e dos mais preocupados com os problemas ambientais. Esta abordagem permitirá descobrir ou aprofundar certos conceitos aplicáveis aos diagnósticos, às terapias ou à prevenção de doenças ligadas ao ambiente.
Se o ambiente se tornou alvo de numerosos investigadores com a finalidade de melhorar a qualidade de vida, qualquer pessoa tem o direito de obter uma informação precisa e pessoal sobre os males que a atingem. E quem melhor do que o seu médico o poderá fazer?
A relação entre «meio» e «doença» é bem conhecida desde a Antiguidade. O nome de Hygeia, deusa da saúde na mitologia grega, originou o termo «hugieinon», que significa limpeza e ausência de doenças. Nestes finais do século XX, é momento de especificar concretamente aquela ligação e divulgá-la convenientemente.